Desde as Caraíbas que o côco é o fruto mais abundante. Fomos aprendendo a descascá-lo (tem técnica), a fazer o leite e com a farinha vários tipos de bôlos. Também utilizamos as raspas para dar sabor a diferentes sobremesas e a água do côco vai direta para o copo.
Depois de descascado o côco (com um machado pequeno ou uma catana), temos o nosso fruto pronto para abrir. Dos 3 olhos existentes no topo, escolhe-se o mais mole para abrir com a ponta de uma faca e escoa-se a água de côco. É por este olho que a planta germina.
Dão-se dois ou três golpes com as costas da catana e o côco racha, podemos assim aceder à polpa. Vai estar rija e espessa se o côco por fora já estiver castanho (maduro) ou gelatinosa e fina se ainda estiver verde. Para esta receita só utilizamos os maduros!
O processo mais complicado é retirar e desfazer o miolo. Vão-se fazendo vários cortes com a faca e retirando pequenos pedaços utilizando a faca como alavanca. Depois há que retirar a pele castanha que vem agarrada ao miolo.
Em seguida corta-se tudo em pedaços pequenos e tritura-se com a varinha mágica ou misturadora. Outra opção é usar uma ferramenta que ainda não temos, um “grateur” que retira e moi a polpa ao mesmo tempo. Havemos de lá chegar…
A polpa é depois escoada para um passador que tem dentro um pano que vai ser usado como filtro.
Assim o leite é extraído para uma taça e dentro do pano fica apenas o côco ralado.
Tudo muito bem espremidinho.
Desta vez fizémos scones com a farinha de côco e bebemos o leite para acompanhar!
Dá um bocadinho de trabalho mas é delicioso!